26/02/2012

A sustentável leveza de amar o que faz




“Workaholic”. Em um primeiro momento, este é o adjetivo que salta à mente de quem trava uma conversa com Carla Petry, gestora de contas de Jornalismo e Propaganda na Santo de Casa. Mas, ao longo do bate-papo, percebe-se que a relação da jornalista com o trabalho vai muito além do vício: é um caso de amor incondicional.

Os olhos cor de mel amendoados parecem acostumados aos desafios. O sorriso fácil surge, entrecortando as milhares de palavras por minuto, que saem dos lábios de Carla Petry. Essa gaúcha, nascida em Canoas, em 1983, começou a amar as letras ainda na infância. Filha de professores, cresceu entre estantes de livros, que devorava desde que aprendeu a ler. “A minha identificação com o mundo das comunicações não parava por aí: quando criança, eu também passava horas falando ao telefone”, lembra.
Além de falante, a menina Carla também era organizada. E foi o senso de organização que a levou a cursar o curso técnico em Administração. No entanto, quando concluiu a empreitada, sentiu que faltava algo. “Era a criatividade do mundo da comunicação”, explica.

Trabalho até nas horas de folga
Carla resolveu a lacuna da comunicação, entrando para o curso de Jornalismo. Queria ser repórter e escrevia crônicas para jornais do interior. “Tive até um texto publicado na Zero Hora dominical”, comemora. Mas a vida real do jornalismo diário, com todas as suas tragédias reais, pesou. Ela chegou à conclusão que o seu caminho nesse universo profissional não era bem por aí.
“Caí no mercado da assessoria de comunicação, trabalhando direto com o cliente”, conta. Foi aí, que se apaixonou de vez pelo endomarketing, pelo foco nos valores das empresas e no colaborador como grande porta-voz das marcas. O gosto pela propaganda também não tardou em aparecer. Hoje, como gerente de contas em Jornalismo e Propaganda, ela ama o que faz. “O trabalho é leve para mim”, diz. Tanto que, nas horas vagas, seus hobbies passam por ler sobre o mundo das comunicações e escrever seu blog.

Bairrista
Para sustentar tanto amor ao ofício, Carla busca energia na academia, onde faz musculação e bike indoor. “Adoro toda a função esportiva. Agito jogos de futebol e vôlei com amigos, embora não queira mais ser a responsável pela organização destes eventos, por pura falta de tempo”.
Tempo só não falta para a família, composta pelo marido Vinícius Vanin e por Ziggy e Clara, dois “filhos” de quatro patas, da raça labrador. “É como ter crianças arteiras dentro de casa, apesar de Ziggy ser um lorde. Eles precisam de atenção, carinho, dedicação”, ensina.
Quando questionada sobre viagens e carreira fora do Rio Grande do Sul, ela estremece. “Morreria sofrendo longe daqui”, exagera Carla, que se considera uma bairrista de carteirinha. Gaúcha tradicional, toma chimarrão todos os dias, é atrelada às raízes, e o mais longe onde se permitiu morar foi em Osório. “Ainda bem que era dentro do Estado. Mesmo assim, eu voltava para a casa uma vez por semana”.

Texto escrito por Beatriz Pinto Ribeiro

Um comentário:

Raquel M. disse...

Adorei o texto! Ficou a tua cara, Carlitcha!

Beijos!