30/06/2013

LIÇÃO COMPARATIVA

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira. Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.  
O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A". Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. 
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.  Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.  
O professor explicou: "o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. 
1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

Imagem do site: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.grupoescolar.com/a/b/E6166.jpg&imgrefurl=http://www.grupoescolar.com/pesquisa/socialismo.html&usg=__VnEdY9TLncX5HbjBzrpBKqZWqsU=&h=400&w=372&sz=50&hl=pt-PT&start=7&sig2=RRIxPGC9hhe6zfmsjyJyww&zoom=1&tbnid=Z7OKLkptxrtgSM:&tbnh=124&tbnw=115&ei=k8TQUcDAKtXl4AOj34H4CQ&itbs=1&sa=X&ved=0CDkQrQMwBg

12/06/2013

Apressados

Quando estou apressado, lembro de um conselho de meu avô: “Estás com pressa? Então, faz devagar, pois só farás uma vez!”. O conselho é bom. Tentando ser rápidos, atropelamos as maneiras corretas de proceder e o preço é refazer ou desgastar a experiência. Premidos pelo horário, engolimos a comida. Como fica sem gosto, comemos em dobro. Correndo, não vemos a paisagem nem o carrossel de pedestres. Afobados, não escutamos os outros. Mesmo os ruídos internos são abafados, nos distanciamos até de nós mesmos. A pressa é angústia maquiada.

A marca da nossa época é a velocidade. A indústria revolucionou a maneira de fazer objetos e a forma de encarar o tempo. A ordem é: mais produção em menos tempo. O trem, o automóvel e o avião encurtaram o mundo, e a internet o fez ainda mais próximo. Isso tudo é bem-vindo, mas é bom lembrar que esse é o modo de funcionar da máquina, não o nosso. Intimamente, nada mudou. Para pensar e sentir, ainda somos os mesmos. Para aprender e assimilar os golpes da vida, o tempo cobra o mesmo preço. O mundo nos exige a velocidade da máquina, mas às vezes somos nós que nos espelhamos em nossa criação e queremos ser como ela: rápida, eficiente e sem sentimentos.

Existe um fado em que Amália Rodrigues canta: “Se não sabes onde vais, por que teimas em correr?”. A sutileza do verso capta outra dimensão da pressa: ela coloca sentido onde não há. Quem não sabe para onde vai corre a modo de formatar o caminho. O apressado parece ocupado, sério, um trabalhador orgulhoso de sua missão. Nove entre 10 vezes, é apenas um desorganizado, atabalhoado, querendo nos fazer crer o contrário. Mascara com velocidade o vazio de sua missão, quando não, dele mesmo.

O novo DSM-5, a bíblia da psiquiatria americana, recém saído do forno, estipula em duas semanas o prazo para avaliar a passagem do luto normal ao patológico. Veja só, uma vida inteira ao lado de alguém e ficar arrasados por mais de 15 dias nos deixa sob suspeita. A dor de perder os pais, um filho, um amigo, agora funciona na lógica da legislação trabalhista. Pelo jeito, a pressa, contingência de nossa época, subproduto da ordem industrial de conceber o mundo, virou parâmetro de normalidade. Pessoalmente, creio que nos pedem um coração de lata, só assim para se despedir tão rápido.
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* MARIO CORSO: Psicanalista.
Fonte:  ZH on line, 11/06/2013

Imagem retirada de: http://www.google.com.br/imgres?um=1&sa=N&biw=1440&bih=677&hl=pt-PT&tbm=isch&tbnid=zk2Lvrzlxf896M:&imgrefurl=http://www.focoemgeracoes.com.br/index.php/2011/07/07/a-pressa-e-uma-caracteristica-exclusiva-da-geracao-y/&docid=PyKXkhNH0JxqaM&imgurl=http://www.focoemgeracoes.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2011/07/pressa.jpg&w=300&h=300&ei=6nu4UbznLujV0QHPsIDgAQ&zoom=1&ved=1t:3588,r:8,s:0,i:112&iact=rc&dur=896&page=1&tbnh=186&tbnw=185&start=0&ndsp=12&tx=148&ty=37

22/12/2012

A OBSESSÃO PELO MELHOR

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Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso
acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado,
modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo
melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um
melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens
"perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à
chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos. Shakespeare

* Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em comunicação em Londres,que optou por viver uma vida mais simples, em Belo Horizonte

Foto retirada de http://salumdebora.blogspot.com.br/2010/10/leila-fernandes-doutora-em-comunicacao.html

04/08/2012

A Idade e a mudança


Nunca sei se esses textos são de quem achamos que são. Mas, o que importa é a profundidade e veracidade dos fatos.
Vale ler!

A Idade e a mudança
Lya Luft

"Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo.
Era um bate-papo com uma plateia composta de umas 250 mulheres  de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi.

Foi um momento inesquecível...  A plateia inteira fez um 'oooohh' de descrédito.

Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório
há quase uma hora exibindo minha inteligência,
e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'

Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'..
Estão todos em busca da reversão do tempo.

  Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.

Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se 'mudança'.

De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.

A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho.

Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. 

Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol.
Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada,
chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza.

Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.

Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.

Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.
Olhe-se no espelho..."

10/07/2012

Tudo certo e nada resolvido!


Acorda no mesmo horário de sempre. Faz um tour: fórum, cartório, mecânico, contador. Pausa para um lanchinho e para montar um chima. Pega o mano, sim férias em família, e começa a segunda etapa do dia: bancos. Coisa chata essa vida de idas e vindas de banco. Sorte que não sou boy. Não teria o mínimo dom, e nem paciência, para essa profissão.

Pensa, repensa, pensa de novo, liga para mãe, manda e-mail para o marido. Faz exames médicos, vai para academia, faz um cachorro quente, entra no facebook, no Yahoo...começa a escrever. Nessa altura, já estou com sono. Amanhã, temos mais coisas para fazer!

Afinal, está tudo certo, mas nada resolvido.

09/07/2012

08/07/2012

Enfim, férias!


Sempre é (ou “foi” é a melhor palavra) difícil sair de férias. Mas, as coisas estão mudando. E acho que eu também. Hoje início um período de 9 dias de férias. Curto, eu sei, mas necessário. Sempre se ouve muitas coisas a respeito da organização e preparação para iniciar o merecido descanso. Nunca dei muita bola, afinal, para que (ou quem) serve essas dicas?

Hoje, sem querer, percebi (ao ler um artigo que recebi) que fiz tudo certo. Deixei os trabalhos encaminhados, avisei com antecedência que estaria fora da empresa e reforcei que terá outra pessoa atendo no meu lugar. E é isso que os especialistas indicam. Claro que tudo isso só aconteceu porque agora não trabalho sozinha. Tenho uma pessoa com quem contar.

Para ajudar, estava preparada para um dia caótico: último dia de trabalho, a cidade alagada pela chuva intensa desde a madrugada, trânsito totalmente congestionado, cheguei atrasada e não consegui pedir comida na tele-entrega (sim, sair da empresa era impossível com o dilúvio lá fora). Para minha surpresa, o dia transcorreu normal. Tudo que precisava ser entregue, foi. Tudo que precisava ser repassado aconteceu. E o fechamento foi com uma ENORME e deliciosa sobremesa: brownie com sorvete. Socorro, ainda tinha muita calda de chocolate! Agora é correr atrás do prejuízo durante esses dias em casa.

Ah, prometi me comportar, não trabalhar (acho brabo), ler muito e resolver TODAS as pendências da vida. Tomara!

Enfim, férias!

06/07/2012

Foto: http://www.robsonpiresxerife.com/blog/notas/contiuamos-de-ferias-mas-o-blog-nao-para-inte/

29/04/2012

5 anos juntos!


Sim, hoje completamos 5 anos juntos (4 e tanto de namoro e quase 1 de casado), Vini. O tempo voa e quando vemos completou-se mais um ano de companheirismo. Muita coisa rolou nesse tempo, foram muitos bons momentos, muitas tempestades. Mas, o que mais importa nesse período é o que construímos juntos: uma família (você, eu e os dois filhotes de 4 patas).

Foram 5 anos de...
...muitos abraços, beijos e carinhos.
...muitos verões em Santa, em Tramandaí, Arroio do Sal.
...muitos invernos vendo filme, comendo pipoca e tirando no palitinho quem iria reabastecer a tigela.
...muitas festas, diversas bebedeiras, algumas voltas para casa no automático.
...muitos desencontros, vozes alteradas, telefones nervosos. Afinal, nenhum casal é perfeito.
...muito crescimento. Acredito que ninguém cruza nossa vida por acaso. E nós crescemos juntos. Eu a não me levar tão a sério e você a ser mais organizado.
...muitos litros de chimarrão: no Lago, em casa, nos amigos, dirigindo.
...muitos registros: fotos diversas e variadas.
...muito aprendizado: eu a cozinhar, entender de carro, limpar casa. Você montar e desmontar, a dividir as tarefas, as contas.

Enfim, que esses 5 anos se multipliquem em muitos outros anos, amigos, risadas, carinhos, compreensão e amor.

Obrigada por tudo!
AMO VOCÊ!
bjs