07/01/2010

Líder absoluto nas quadras


José Roberto Guimarães, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, já tem em seu currículo duas vitórias olímpicas. A obstinação pela vitória, o talento para liderar equipes e a dedicação incondicional ao esporte o transformaram em uma referência quando o assunto é liderança nas quadras.

É por essas e por outras que ele faz palestras de norte a sul do país, possibilitando que as pessoas saibam um pouco mais sobre os diferenciais e as experiências desse ícone do esporte brasileiro. Por meio de vídeos e slides, eles conhecerão de perto como José Roberto tornou-se uma referência em sua área de atuação. “Nem sempre vencemos, às vezes fracassamos. O importante é como lidamos com essas situações”, diz. Nas palestras, o técnico também fala sobre liderança, trabalho em equipe, treinamento, motivação e a diferença entre comandar homens e mulheres. “Aprender com as vitórias e fracassos vale tanto para o esporte quanto para o mundo corporativo”, frisa.

“São 42 anos dedicados ao vôlei, metade como atleta e metade como técnico”, diz José Roberto. Toda essa experiência fez com que ele fosse o único técnico a ser bi-campeão olímpico: no comando da equipe masculina de vôlei e depois à frente da seleção feminina. Em Pequim, durante as Olimpíadas de 2008, o time comandado por José Roberto venceu as oito partidas disputadas, perdendo apenas um set. Muitos atribuem seu sucesso ao jeito de liderar e motivar os atletas dentro e fora de quadra.

Em entrevista exclusiva à Santo de Casa, José Roberto afirma que tanta obstinação em vencer vem do fato de amar o que faz. “A motivação vem do orgulho em representar meu país, além de manter o vôlei brasileiro como referência mundial”, explica. E complementa: “Não temos uma vida normal. Treinamos mais de seis horas por dia em época de campeonato e passamos semanas seguidas sem folgas”.

Algumas de suas vitórias
José Roberto Guimarães comandou a conhecida “Geração de Ouro”, nome dado à Seleção Brasileira masculina de vôlei campeã Olímpica em Barcelona, em 1992. Essa foi a primeira medalha de ouro olímpica para os esportes coletivos do Brasil.

Como técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, conseguiu que a equipe obtivesse 96% de aproveitamento em jogos oficiais durante 2009. “Disputamos 45 partidas e tivemos apenas duas derrotas”, diz. Além disso, o time italiano liderado por ele, Schavolini Pesaro, disputou no ano passado 56 partidas, perdendo apenas seis. “Há três anos me divido entre Brasil e Itália. E o Schavolini Pesaro só não foi ouro em um campeonato italiano”, diz. Ele revela que morar no exterior e treinar atletas italianas lhe permitiu aprender um pouco mais sobre suas adversárias olímpicas

Este ano ele não irá para a Itália, pois está se preparando para as Olimpíadas de 2012, em Londres. “Encerramos um ciclo com as atletas em Pequim, durante as Olimpíadas de 2008. Agora temos de renovar o time”, enfatiza. Por essa razão, ele estará acompanhando, em 2010, jogos de vôlei e alguns campeonatos a fim de planejar melhor a estratégia para as próximas Olimpíadas, em 2012.

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